Quiet quitting e saúde mental: como o coworking pode ajudar a evitar o desengajamento no trabalho
Descubra o que é o fenômeno quiet quitting nas organizações e como os ambientes flexíveis podem ser aliados do engajamento no trabalho Sabe aquele colega que está sempre presente, mas parece estar em “modo avião” no dia a dia do trabalho? Faz o que precisa, entrega as demandas, mas falta brilho no olhar e disposição
08 de setembro de 2025
Compartilhar:
Descubra o que é o fenômeno quiet quitting nas organizações e como os ambientes flexíveis podem ser aliados do engajamento no trabalho
Sabe aquele colega que está sempre presente, mas parece estar em “modo avião” no dia a dia do trabalho? Faz o que precisa, entrega as demandas, mas falta brilho no olhar e disposição para ir além. Esse comportamento, cada vez mais comum, ganhou até nome: quiet quitting, ou famosa “demissão silenciosa”, quando a pessoa decide fazer apenas o básico, sem se envolver de verdade.
E não é só uma impressão. Dados da Gallup apontam que pelo menos 50% da força de trabalho norte-americana está nesse estado. Já a McKinsey mostra que em grandes organizações da metade das pessoas colaboradoras está desengajada: 10% já pensa em sair, 11% atua de forma negativa e 32% está no “mínimo indispensável”.
Ou seja, o quiet quitting é um sinal vermelho que mistura a falta de engajamento no trabalho, a queda na motivação profissional e até os impactos sérios na saúde mental. Preocupante, né?
Mas calma! Existem alternativas que podem apoiar a virada desse jogo. No artigo de hoje, a Blocktime Coworking te mostra como identificar os sinais do quiet quitting, entender suas causas e, claro, como os espaços de coworking podem ser aliados poderosos contra o desengajamento. Vem com a gente!
E o que é quiet quitting?
Ao contrário do que o nome sugere, o quiet quitting não tem nada a ver com “largar o emprego” de uma hora para outra. Ele é, na verdade, uma mudança de postura: o profissional continua cumprindo suas entregas, mas escolhe não se envolver além da conta, reduzindo esforços extras e evitando ir além do necessário.
Esse comportamento cresceu nos últimos anos como uma forma silenciosa de resistência ao excesso de demandas, à falta de reconhecimento e à sobrecarga emocional. Em muitos casos, é quase um mecanismo de autopreservação da saúde mental.
O desafio é que, quando o quiet quitting começa a afetar toda a equipe, os efeitos vão muito além da pessoa. A motivação e o engajamento no trabalho diminuem e a cultura da empresa começa a perder força.
Por isso, antes de falarmos sobre os sinais de alerta, é importante entender esse fenômeno a fundo. Só assim é possível agir de forma preventiva e evitar que o desengajamento se torne regra.
Sinais de alerta do quiet quitting
Nem sempre o quiet quitting chega batendo na porta: às vezes ele escorrega pela janela e se instala sem fazer barulho. O que antes era entusiasmo vira rotina automática e a pessoa colaboradora passa a operar no “modo economia de energia”. Mas como identificar o desengajamento no trabalho?
Os sinais mais comuns são:
Cumprir só o básico, evitando qualquer tarefa extra;
Desaparecimento da proatividade: o famoso “deixa pra depois”;
Queda visível na motivação profissional;
Participação quase nula em reuniões ou interações cotidianas;
Presença apenas física porque, emocionalmente, a pessoa já está longe.
Se esses sinais começam a se repetir no time de forma constante, é preciso estar atento e pensar em alternativas para investigar e atuar diretamente nas causas do quiet quitting.
Causas comuns do desengajamento
Ninguém acorda de uma hora para outra decidindo estar desmotivado. Normalmente, é um processo que reflete dores acumuladas ao longo de um tempo no ambiente de trabalho.
Ou seja, ele pode estar diretamente ligado à questões de saude mental. Mas por que a falta de saúde mental pode levar ao quiet quitting? Confira com a gente algumas causas comuns:
Falta de flexibilidade:pesquisas mostram que 78% dos profissionais de T.I. preferem home office ou modelos híbridos. Quando a empresa insiste no controle rígido de horários e espaços, o resultado pode gerar uma queda direta no engajamento;
Descaso com a saúde mental: a Geração Z e os Millennials já deixaram claro que não negociam bem-estar. Cerca de 75% da Gen Z e 50% dos Millennials já pediram demissão por problemas relacionados à saúde psicológica nas empresas;
Ausência de reconhecimento:dados recentes mostram que 50% dos profissionais deixariam o emprego se não se sentissem valorizados;
Falta de suporte:mais da metade dos colaboradores acredita que as empresas não oferecem apoio suficiente em saúde mental. Não à toa, 84% dizem que benefícios de bem-estar seriam decisivos na hora de escolher um emprego.
Moral da história? Não dá mais para tratar saúde mental como um detalhe no pacote de benefícios. Quando falta apoio, as pessoas acabam buscando saídas silenciosas, como o quiet quitting.
E isso não acontece só por sobrecarga individual: muitas vezes, o problema está enraizado na forma como a empresa funciona no dia a dia. É aqui que entra o papel da cultura organizacional.
Estratégias para prevenir o quiet quitting
Ambientes engessados, sem espaço para inovação ou diálogo, aceleram o desgaste emocional. Quando o trabalho não conecta propósito, pertencimento e qualidade de vida, fica complicado se conectar.
A boa notícia é que existem saídas práticas para evitar que o quiet quitting vire cultura. Empresas que se antecipam conseguem transformar a experiência de trabalho em algo mais saudável e engajador.
É nesse contexto que as lideranças tornam-se meios indispensáveis para fortalecer o engajamento no trabalho. Como? A Block te mostra:
Flexibilidade de verdade: oferecer opções reais, como home office parcial, horários ajustáveis e coworkings sob demanda;
Investimento em saúde mental: programas de bem-estar, convênio com psicólogos, acesso a aplicativos de mindfulness e dias de descanso estratégico;
Reconhecimento contínuo: pequenas vitórias celebradas mantêm o ânimo. Feedback frequente é mais eficaz do que avaliações anuais frias;
Escuta ativa: usar pesquisas rápidas e check-ins semanais para ouvir como o time está se sentindo;
Pertencimento real: criar uma cultura em que cada colaborador entende seu papel dentro de algo maior.
Além das lideranças, a área de Recursos Humanos também se torna fundamental, sendo meio para tomadas de decisão importantes.
De acordo com o Achievers Workforce Institute (2023 Engagement & Retention Report), funcionários que podem trabalhar da forma que preferem são duas vezes mais engajados e 22% mais propensos a permanecer na empresa do que a média.
Em outras palavras: não é só sobre salário. É sobre cuidar de gente.
Coworking como uma alternativa para o desengajamento
Segundo a pesquisa da Instant Group, 85% dos profissionais afirmam que o coworking melhora o bem-estar e 84% relatam que diminui o estresse. Isso porque esses ambientes foram pensados para equilibrar produtividade e qualidade de vida.
Na Blocktime, por exemplo, a experiência vai além da mesa e da internet rápida:
Energia coletiva: estar rodeado de pessoas engajadas é uma forma de influência direta para a própria motivação;
Flexibilidade: diferentes espaços para diferentes sentimentos, ou seja, silêncio quando precisa de foco, descontração quando busca criatividade;
Conexão humana: interações espontâneas que quebram o isolamento do home office e criam senso de comunidade;
Estética e ambiente: locais que inspiram, acolhem e promovem bem-estar.
Aqui na Blocktime Coworking a proposta é simples: criar um espaço onde as pessoas realmente queiram estar. E isso muda tudo. Menos quiet quitting, mais engajamento no trabalho, mais saúde mental e mais motivação para crescer e se desenvolver cada vez mais.
O quiet quitting é um sintoma de que algo precisa mudar na forma como as empresas lidam com seus times. Ele revela falhas em motivação, engajamento e saúde mental. Mas também abre a porta para repensar modelos de trabalho, investir em flexibilidade e valorizar ambientes que colocam as pessoas no centro das decisões.
Nós acreditamos que o trabalho deve ser leve, inspirador e cheio de propósito. Por isso, criamos espaços que fortalecem a motivação profissional, aumentam o engajamento no trabalho e protegem a saúde mental de quem passa por aqui.
Entre em contato conosco e descubra como podemos te ajudar nesse desafio, cada vez mais comum no mercado de trabalho. Conta com a gente e até o próximo artigo!
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pelo SENAC SP, é fundador da Blocktime Coworking e sócio do grupo Blocktime, referência em operação e otimização de escritórios. Entusiasta da economia compartilhada, participa ativamente de grupos relacionados ao tema e adquiriu conhecimento e expertise em arquitetura e design para coworkings, sendo responsável pela gestão operacional dos espaços. Atua, desde 2015 como organizador do Encontro Coworking Brasil e apoiador de muitas das iniciativas relacionadas a este universo, está sempre buscando mais conhecimento sobre novas formas de trabalho, participando frequentemente de conferências internacionais sobre o tema.