Espaço de coworking: conheça a origem, onde tudo começou e quem participou dessa história

Espaço de cowowrking: conheça a origem, onde tudo começou e quem participou dessa história

16 de agosto de 2022

EM 2005, NA CIDADE DE SÃO FRANCISCO (CALIFÓRNIA) SURGIA O PRIMEIRO ESPAÇO COMPARTILHADO DE TRABALHO

Ao longo das décadas, o conceito do espaço de coworking evoluiu, consolidou-se e se popularizou.

A ideia era baseada em um lugar de trabalho sem divisórias, seja entre colaboradores de uma mesma empresa ou de organizações diferentes. Ou seja, a representação de um espaço perfeito para compartilhar conhecimento, contatos e, claro, fazer novos negócios.

Esse é o conceito atual de coworking, que há 20 anos atrás começava a tomar forma.

Em 2002, em Viena, a antiga fábrica Schraubenfabrik (perdão pelo meu sotaque 🤷🏽‍♂️) foi convertida em um dos primeiros espaços compartilhados de trabalho. Além da queda das paredes que separavam departamentos, outro símbolo de status também veio abaixo: a sala do chefe. 

A partir dali, lideranças e colaboradores puderam ao menos enxergar-se como iguais, à medida que compartilhavam o mesmo espaço. Assim, começava um importante movimento em prol da flexibilização de estruturas. 

Mas a história não começa aqui

Existem resquícios, muito antes de 1900, de pequenos grupos de artesãos e outros profissionais que dividiam espaços em um tipo de local de trabalho aberto.

Logo depois, no início do século 20, surgia o conceito de open office: o desenho de um ambiente de trabalho aberto, amplo e com várias pessoas reunidas. Essa ideia, claro, foi idealizada por um arquiteto (assim como o criador da Blocktime Coworking).

A necessidade surgiu junto com a forte migração populacional para a cidade grande. Daí, vieram os prédios e escritórios maiores e as cidades ficaram cada vez mais populosas. Foi aí nesse “boom” que Frank Lloyd Wright criou o “Larkin Administration Building”, em Bufalo/  EUA, considerado um dos primeiros edifícios de escritórios “abertos”. Porém, em 1950 o prédio foi destruído. Triste. :/

Após alguns avanços, veio ele: o Google

Antes de falarmos no Google, é importante trazer um contexto histórico: os EUA e a Europa passaram por uma forte crise, ali por 1980, quando muitas empresas tiveram que cortar custos. Diante disso, a primeira ideia foi “vamos derrubar paredes para acomodar mais colaboradores”. Apesar de ser uma solução relacionada a uma necessidade financeira, esse foi o primeiro passo para o que conhecemos hoje como espaço de coworking.

Logo depois dessa semente plantada, no início de 1999, o Google se mudou para a Califórnia, com um grande escritório aberto e uma decoração inspiradora. A proposta era oferecer um ambiente inovador e criativo.

EM 2005, O CONCEITO DE COWORKING MATERIALIZA-SE 

Voltando um pouquinho, lá no começo do texto nós falamos sobre a antiga fábrica Schraubenfabrik, lembra? Pois é, 3 anos após seu lançamento, em 2005, o programador americano Brad Neuberg buscava por um novo modelo de trabalho.

Pausa para curiosidade: nesse mesmo ano começaram a surgir alguns cafés com a proposta de espaço de coworking em diversos lugares do mundo.

Bom, idealizando um espaço que atendesse suas expectativas, Brad começa o projeto “Nine to Five Group”, onde basicamente convidava pessoas desconhecidas para trabalhar com ele em uma cafeteria.

Com isso, profissionais independentes (nossos queridos freelas ❤ ️) poderiam desfrutar da infraestrutura de um escritório e desenvolver seus próprios projetos, mas sem o isolamento e falta de networking do home-office.

A ideia do café não foi para frente e Brad se viu numa crise. E são as crises que nos desenvolvem, fazendo surgir as melhores ideias, certo? Ele desejava criar um novo modelo de trabalho onde pudesse conciliar 2 mundos com liberdade para desenvolver seus projetos, com estrutura, contato com outras pessoas e ainda assim, ser um profissional independente. Tcharam: foi isso que ele chamou de coworking.

Esse foi o San Francisco Coworking Space, fundado na cidade de São Francisco (Califórnia) e, considerado o primeiro coworking moderno. Em 2006, o espaço evoluiu e Neuberg contou com mais parceiros para fundar o The Hat Factory.

Depois de escalas em Viena e São Francisco, o conceito de coworking ganhou o mundo. E em 2008, chegou finalmente ao Brasil.

O Ponto de Contato, localizado na região de Pinheiros, em São Paulo, nasceu pequenininho, com 16 posições. Porém, não foi o primeiro por nossas terras. 3 meses antes, surgia no Brasil o The Hub, atualmente chamado de Impacto Hub. 

A partir daí, o espaço de coworking foi ganhando mais espaço pelo mundo, em função dos benefícios para empresas e colaboradores. Hoje, conquista os corações de diversos empreendedores, freelas, estudantes e pessoas em geral.

Em 2014, nascia a Blocktime Coworking com o objetivo de trazer a melhor experiência para o mundo do trabalho. Nossos espaços proporcionam a valorização do tempo, a otimização da rotina e principalmente a qualidade do estilo de vida. Para isso, é preciso estar cercado de pessoas que tem como propósito a prestação de serviços com qualidade e eficiência.  

Coworking é sobre liberdade. É sobre descobrir o novo por meio das diferenças: das empresas, dos negócios, dos relacionamentos, dos contextos e, principalmente, das pessoas. É viver um novo estilo de vida livre de amarras. 

E você, já conhecia a história sobre a origem do coworking? Achou interessante? Conta pra gente e aproveita para passar na Blocktime, tomar um café e conhecer a nossa comunidade engajada no assunto.

Leia também

João Marcos Guirau

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pelo SENAC SP, é fundador da Blocktime Coworking e sócio do grupo Blocktime, referência em operação e otimização de escritórios. Entusiasta da economia compartilhada, participa ativamente de grupos relacionados ao tema e adquiriu conhecimento e expertise em arquitetura e design para coworkings, sendo responsável pela gestão operacional dos espaços. Atua, desde 2015 como organizador do Encontro Coworking Brasil e apoiador de muitas das iniciativas relacionadas a este universo, está sempre buscando mais conhecimento sobre novas formas de trabalho, participando frequentemente de conferências internacionais sobre o tema.